O que eu gosto
Reflexões sem destino
São Paulo, 21 de dezembro de 2007    
Quando eu definitivamente penso no que gosto, para justificar o nome dessa seção, a primeira coisa que me vem a cabeça são panelas, fogões, cebolas, alhos, temperos. Posso resumir, gosto de cozinhas. É, gosto de cozinhas. Isso nada tem a ver com cozinhar, mas estar dentro de uma cozinha, ver uma panela com água fervendo, observar garfos, conchas, espátulas. Olhar os vários formatos dos macarrões, o recipiente onde se guarda o arroz. São lúdicos aqueles maços de salsinhas, também acho encantador o salsão amarrado em maços que se compra na feira ou no supermercado. Gosto também de cozinhar, é claro, mas o que me fascina são os objetos existentes nas cozinhas. Raladores, grandes e minúsculos, espremedores de batatas, martelos, atualmente fora de moda, que eram usados para, digamos, “amaciar” a carne. Isto é, dar marretadas no coxão duro até ele confessar que era filet mignon. E as frigideiras nos seus mais variados formatos e tamanhos. Tenho até uma frigideira quadrada, acreditem. Também curto muito as panelas, frigideiras e chapas feitas de ferro. São pesadas e dão um enorme trabalho para lavá-las, mas os alimentos feitos nelas têm um sabor diferente e, na minha opinião, ficam muito mais gostosos. Aprecio as colheres de pau e as de bambu. Tenho uma coleção. Há anos venho abandonando as feitas de madeira e preferido as de bambu. Possuo várias e de todos os tamanhos. E os cooks club, esse é o nome na embalagem dos que tenho. São aquelas cestas de aço furadinhas que você encaixa sobre a panela com água para cozinhar legumes no bafo. Além de não perderem a cor e as vitaminas, você pode levá-los à mesa no próprio recipiente. Tenho um desses de bambu que é uma beleza. Há muitos outros objetos espetaculares na cozinha, mas vou terminar falando das facas. Existe uma para cada operação: para cortar pão, carne, queijo, legumes, pequenas, médias e grandes, com serra e sem, de lâmina fina ou grossa, com cabo de madeira, de osso ou de metal. Há uma grande loja nos Estados Unidos da América do Norte, a Macy’s, em cujo subsolo funciona uma gigantesca sessão de objetos de cozinha. Para mim, é muito mais divertido que frequentar esses parques, temáticos ou não, nos quais os norte-americanos são mestres na arte de divertir pessoas do mundo todo. Em uma próxima oportunidade escreverei sobre os equipamentos eletrônicos nas cozinhas. Outra festa para mim. Pergunto: qual o melhor lugar da casa para ficar conversando com os amigos? A cozinha, é óbvio, mas discorrerei sobre isso outro dia. Até breve!
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