Mercado
O que vem por aí
São Paulo, 7 de setembro de 2014    
Título esse, “O que vem por aí”, que dá margem para escrever sobre muitos assuntos. Um exemplo, o resultado que sairá das urnas eletrônicas, as vulneráveis, no próximo dia 3 de outubro. Que a desgraça nos seja leve! Não é esse o meu assunto. Tenho, como muitos brasileiros, nojo da política que é feita no Brasil.
Tudo sinaliza para a cotação da soja entre US 9 e US 10\bu na próxima temporada, talvez até menos se a safra sul-americana for cheia. Isso não é novidade. Os que sabem fazer contas já estão preparados para rendimentos menores ou até para um empate. Já os tresloucados, agindo intempestivamente, em futuro breve, se tornarão aqueles chorões tão habituais exigindo uma solução para as suas dívidas por parte do governo federal. Não defendo nenhum governo, muito menos esse balaio de gato federal. O que afirmo é que ninguém, além de você mesmo, é responsável pelas suas dívidas. O momento é de muita cautela, se possível, canja de galinha para os dias mais frios. Há quatro ou cinco anos que os preços da soja estão excelentes. Quem vive nesse mercado sabe que os ciclos vão e vem, com boas e más notícias. Vejam o que ocorreu no mercado de café entre dezembro de 2013 e meados deste ano. No agro as coisas funcionam desta maneira. Não estou aconselhando ninguém, apenas tenho visto e ouvido algumas afirmações que deixam-me perplexo. Investimentos nesse momento para os produtores de grãos somente para conter rigorosamente os custos, essa é a minha opinião. Abrir novas áreas, comprar equipamentos, construir armazéns somente com capital próprio. Isso mesmo, fuja de financiamentos. O momento não é favorável para os corajosos. Norte-americanos colherão daqui a dois meses mais 105 milhões de toneladas de soja, mais de 350 milhões de toneladas de milho e a China não demonstra muito apetite. Se o clima ajudar, produtores brasileiros produzirão a maior safra de soja da sua história. Você quer ouvir mais? Para mim, basta.
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