O que eu gosto
Molho inglês e outros temperos
São Paulo, 18 de abril de 2015    
Cozinhar é uma ciência da qual conheço pouca coisa. Raramente recebo convivas para provar o meu talento culinário, se é que tenho algum. Exerço essa arte para o meu dia-a-dia. Meus molhos para macarrão, por exemplo, estão ficando mais saborosos e sofisticados. Acrescentei ao bolognesa, feito com carne bovina moída, 40% de carne suína também moída. Além dos vários alhos cortados em fatias finíssimas, cebola picadinha, sal, noz moscada (moída na hora), uma pitada de herbes de Provence, um pouco de cominho e umas chacoalhadas de canela em pó. Quando coloco a carne na panela, borrifo (aí vem ele) o molho inglês. Deixo fritar e secar um pouco, tudo com o fogo baixo, aí acrescento uma boa quantidade de vinho tinto de qualidade e aumento o fogo para o máximo. Deixo o álcool evaporar. Só depois acrescento os tomates (tenho usado apenas os italianos em lata, muito mais saborosos que os nacionais), e as folhas de louro, imprescindíveis. Às vezes ponho um pouco de água, pouca coisa, e deixo cozinhar entre 20 e 30 minutos. Pela praticidade e para não sujar as gravatas, escolho as massas curtas (existem boas nacionais e italianas), como o penne, farfalle, rigatoni e outras. Mas um bom tagliarini e o tradicional spaghetti são incomparáveis. Atenção, sempre faço o molho para prová-lo no dia seguinte, o descanso apura e torna-o mais saboroso. Macarrão lá em casa é “al dente”, nada de massa molinha. Cozinho a pasta em muita água com uma pitada de sal e prefiro moer o parmesão na hora sobre o prato já pronto. Sim, também uso aqueles envelopes de queijo já moído, mas a outra escolha tem mais sabor. Quando o chef Medranô, eu mesmo, está inspirado, coloca também no molho azeitonas pretas sem caroço, usa também alcaparras, salsinha, enfim, inventa. Algumas vezes fica muito bom, excelente mesmo. Chef Medranô também curte a salada. Uma das prediletas é feita com alface romana (não é muito fácil encontrá-la), tomates (tomate vai bem com tudo, deve ser uma das delícias do paraíso), bacon em minúsculas tirinhas (frito o bacon antes, lógico), e lascas de queijo bleu, azul ou gorgonzola, seus vários nomes. O molho da salada faço com azeite, sal, vinagre ou aceto balsâmico e mostarda. Bato isso tudo muito bem e espalho sobre as folhas. Adoro! Se quiser tentar, boa sorte, mas não me responsabilize, posso ter esquecido algum detalhe e essas reflexões não têm o rigor de receitas publicadas nos livros especializados nesse assunto. Faço muitas outras delícias caseiras. Escreverei mais brevemente. Divirtam-se!
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