O que eu gosto
Was is das?
São Paulo, 3 de novembro de 2013    
Eram 15 horas e vários minutos. O dia estava radiante. A fome bateu subitamente, ainda não tínhamos almoçado. Estávamos na enorme Alexander Platz, em frente a torre de comunicações, de onde a vista de Berlim é encantadora. Um andar acima do mirante funciona um restaurante, mas preferimos almoçar em terra firme. Olhamos para um lado e para o outro. A praça é cheia de restaurantes que defino como “para turistas”. Em viagem, querendo ou sem querer todo mundo acaba fazendo alguma refeição nesse tipo de local. Escolhemos um que nos pareceu servir comida típica do país. Pelo menos o que imaginávamos. Eu fazia cena dizendo que queria salsicha com batata. Local muito agradável, garçonete simpática e gentil. Pedi uma espécie de “chistudo”, como se diz por aqui, de salsichas variadas (pequenas, enormes, de várias cores), acompanhadas por chucrute e batatas. Carreguei nos vários tipos de mostardas (claras, escuras e mais ou menos). Achei um manjar dos deuses. E esvaziei umas duas ou três tulipas de um chop de grande qualidade. Como ainda não me sentia satisfeito ou estava verdadeiramente esfomeado, devorei um enorme pedaço de torta de maçã com uma concha bem cheia de chantilly. Nossa, que coisa boa! Acho que depois voltei ao hotel para dormir um pouco. Esse exagero não foi diário, comemos muito bem em Berlim. Lembro-me de um agradável restaurante em Potsdamer com uma culinária refinadíssima. E indicaram-nos um vinho tinto muito bom.
Mas não fizemos turismo culinário em Berlim. A cidade é encantadora, estou louco para voltar. E, apesar da comilança, não engordei nada. Viajar com a Mais é uma delícia. Ela elabora os roteiros e eles incluem longas e gostosas caminhadas. Quando eu me canso, sento no primeiro lugar que encontro, bebo água, café ou vinho. Ela continua a caminhada e espero feliz da vida.
Apesar dos berlinenses não saberem ou não gostarem de falar inglês, são pacientes, pois falar alemão é coisa para poucos que não são alfabetizados nesse idioma. Goethe dizia que para falar alemão há duas maneiras: ou você nasce lá ou depois de morto, pois terá a eternidade para estudar essa língua.
Voltarei ao assunto. Em Berlim há um local chamado Museum Island que é sensacional. Na próxima vez que escrever sobre essa cidade, falarei dessa maravilha.
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