O que eu gosto
Praga é uma praga que pega (II)
São Paulo, 31 de julho de 2011    
Vltava é o nome do rio que corta a espetacular Praga, capital da República Checa. É também uma música clássica composta por Bedrich Smetana (1824-1884), na obra chamada Má Vlast (My Country), um ciclo de poemas sinfônicos. E é ainda o presente que ganhei da Eva Smahlikova no agradável lobby do Icon Hotel, fiquei supreso e feliz com tal gentileza. Era o dia do meu aniversário, mas ela já tinha feito tanto por nós acompanhando-nos pela cidade toda... Que cidade magnífica! Não escreverei sobre as suas lindas ruas, seus parques e monumentos ou suas estonteantes galerias e subsolos enormes onde instalam-se restaurantes ou o que seja. Não será suficiente para conhecer Praga e isso aqui não tem a pretensão de ser um guia turístico. Vou pela minha emoção. Ouço Vltava, de Smetana, fecho os olhos e vejo, sinto aquelas ruas de traçado irregular, aquelas muitas esculturas a céu aberto, aquelas pontes inesquecíveis. A música transporta-me para o passeio no rio de onde olhava boquiaberto os monumentos iluminados naquela noite de temperatura agradável ao som de um jazz contagiante. Um parentêsis, os checos gostam e são excelentes músicos de jazz. As pessoas têm um ótimo astral, a cidade também. Em um restaurante frequentado por checos comi uma truta muito boa. Praga é assim, você vai andando, encontrando-se. É tudo muito favorável, povo simpático, cidade fácil e bela. Apaixonei-me por ela, a cidade, e tivemos uma guia espetacular, a Eva. Penso no que mais gostaria de escrever, nada, Praga é para ver, viver, conhecer, aproveitar. Às vezes penso que fui o último a conhecer essa cidade. Um de meus amigos já esteve por lá oito vezes, a farmacêutica do bairro onde moro, três. Devo ter sido o último, mas o muito feliz, o que aproveitou tudo de tudo. Se o universo ajudar, pretendo aprofundar essas viagens à europa, porque não? Praga impregna, está impregnada em mim. É uma praga que que pega. Dvorak, Kafka, Kundera, Smetana... Nossa, como demorei para gastar meus solados nessa cidade encantadora. (the end)

Ps.: Certamente voltarei a escrever sobre Praga, agora darei um tempo.
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